E ela entrou naquele quarto de hotel. Talvez não tenha visto as luzes se apagarem no corredor, mas isso não importava. E seguiu-se uma série de pensamentos sórdidos e desordenados. Ele tinha lhe dito tantas coisas, ruins e boas, e ela não conseguia enxergar. Esteve ali o tempo inteiro, com aqueles olhos cheios de mistério. Talvez o mistério era não haver mistério algum. Podiam estar todos os segredos jogados no chão, e por vezes, pisoteados ou afungentados. Mas enfim, ele estava lá, e com aquele jeito que só ele possuía, e era isso que importava. E se não fosse certo, quem se ligaria? O mundo era deles naquele momento, e acreditavam ter o poder de vivenciá-lo. ||
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