venerdì 16 novembre 2007

"As vezes penso em como as coisas são efêmeras. Tudo é tão breve, tão insensato. Os minutos passam como se rissem de nossa cara. Eles passam e a gente envelhece, e quando se dá conta, já é tarde demais. Tarde pra voltar atrás e buscar o que perdemos. É tudo passageiro e ao mesmo tempo é tudo tão real. O que fica são as marcas em nós. Não, o que fica não são os fatos. Eles mudam, conforme o tempo, mudam conforme nós. Não lembramos os detalhes, não lembramos o momento. O que fica é o sentimento que esteve lá. O que fica é quem você era quando estava lá. Permutações através de uma única vida. Talvez seja tudo tão complexo. E pensar que existe um sentido oculto por sobre as coisas. Não, as coisas são como elas são. Uma rocha é uma rocha. A morte é sempre a morte. É tudo tão fluente e tão díficil de acompanhar. Tudo se resume naquelas noites impossíveis de dormir, aquelas em que você joga o colchão no quintal, e vaira em pensamentos. Aquelas em que você parece poder conversar sozinho, e você tenta, e parece dar certo, parece resolver. É um desabafo. São palavras soltas. O que acontece é que se deve viver e pronto!Tudo passa tão rápido diante de nossos olhos que é até díficil acompanhar. Mas a gente tenta. (!) Eu até gosto de todo esse lado efêmero das coisas. Pelo menos não demora. E eu não vivo a favor de um longo prazo."

Nessun commento:

Posta un commento